segunda-feira, 22 de junho de 2015

REFLEXÕES CAMPEIRAS



Chove torrencialmente. Está tudo alagado e embarrado. Mas já firmei convicção: melhor enchente do   que seca.
Maristela, eu e o meu capataz Luiz César temos carteira de habilitação para dirigir caminhões. Agora estou patrocinando o Luciano,  veterinário, filho do Luiz César, para também poder dirigir nosso boiadeiro.
Atrasei minha volta a P. Alegre porque estou me revezando com meu capataz para levar 100 tourinhos sobreano para as pastagens que alugamos a 50 kms daqui. Não convém apertar os mimosos, de sorte que vão só 18 em cada viagem.
Mas agora estou sozinho na minha casa da estância, ouvindo música erudita pela  Sky.
Belisco uma copa, um queijo, pãozinho feito aqui mesmo e uma taça de vinho argentino.
Há quase 20 anos eu embarquei num sonho que todos diziam que não duraria o que dura um lírio: comprei meus primeiros 200 hectares de campo. E não paramos de comprar ou arrendar.
Olho para trás e me assusto com o que crescemos.
Faço no mínimo 2.000 kms por mês de caminhonete só para cá.
Me surpreendo como aprendi nessas faculdades da vida que são as conversas e trocas de idéias com os colegas pecuaristas.
Mas a minha melhor professora foi a solidão ao escurecer , em que muito  meditei, pensei, li sobre veterinária, agronegócio.
E um vinho moderado atiça os pensamentos.
saúde queridos leitores!